quarta-feira, 25 de julho de 2012

Cataratas do Iguaçu pela trilha - Foz do Iguaçu/PR



Como falei no post anterior, esta foi a terceira vez que fui às Cataratas. E confesso que me surpreendi com a estrutura que lá encontrei, muito diferente das outras duas vezes em que lá estive. Hoje, para acessar as quedas, você chega neste Centro de Atendimento ao Turista. Aqui você deixa o carro, compra seu ingresso, visita um museu, faz um lanche, etc. As placas estão em três idiomas: português, inglês e espanhol e percebi que os atendentes estão bem treinados na recepção aos turistas. Você pode, inclusive, comprar seu ingresso via internet aqui. E tem desconto para brasileiros, isso é muito legal, porque incentiva o turismo interno.


 


Depois, a gente embarca em um ônibus de dois andares, cujo andar superior é aberto. Os ônibus são coloridos, pintados com animais encontrados no Parque Nacional. Naquele dia, apesar do sol brilhando e do céu azul, fazia muito frio (07/06/2012). 

O trajeto no interior do Parque é de cerca de 8 km, com diversas paradas ao longo do caminho: parada da Trilha do Poço Preto, da Trilha do Macuco, da Trilha das Cataratas e, finalmente, a do Espaço Porto Canoas.




O recomendável, para se ter uma ideia das Cataratas, é descer na frente do Hotel das Cataratas e iniciar a trilha ali. São cerca de 1500m até o final. A trilha é calçada, segura e autoguiada, com diversos mirantes ao longo do caminho. Em razão do volume de água, há uma eterna garoa, que molha mesmo. Se você preferir, compre uma capa de chuva antes de entrar no estacionamento, porque é mais barato lá na frente do que ali dentro. 





E se deixe levar pelas belezas do lugar. São em torno de 270 diferentes quedas. Aliás, Iguaçu significa água grande, em tupi-guarani.




Das principais quedas, são 19, cinco delas estão do lado brasileiro (Floriano, Deodoro e Benjamin Constant, Santa Maria e União). Os demais, estão do lado argentino, o que facilita a visão deles a partir do Brasil, como é o caso do Véu de Noiva (foto acima).




Quanto mais se chega perto da Garganta do Diabo, mais a gente se molha. E nesse dia em especial a temperatura beirava a zero grau!




A vazão média é de 1500m³ de água por segundo. O barulho é estrondoso, mas a vista...



Conta a lenda que 

os índios Caigangues, habitantes das margens do Rio Iguaçu, acreditavam que o mundo era governado por M'Boy, um deus que tinha a forma de serpente e era filho de Tupã. Igobi, o cacique dessa tribo, tinha uma filha chamada Naipi, tão bonita que as águas do rio paravam quando a jovem nelas se mirava.
Devido à sua beleza, Naipi era consagrada ao deus M'Boy, passando a viver somente para o seu culto. Havia, porém, entre os Caigangues, um jovem guerreiro chamado Tarobá que, ao ver Naipi, por ela se apaixonou.
No dia da festa de consagração da bela índia, enquanto o cacique e o pajé bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá aproveitou e fugiu com a linda Naipi numa canoa rio abaixo, arrastada pela correnteza.
Quando M'Boy percebeu a fuga de Naipi e Tarobá, ficou furioso. Penetrou então as entranhas da terra e, retorcendo o seu corpo, produziu uma enorme fenda, onde se formou a gigantesca catarata.
Envolvidos pelas águas, a canoa e os fugitivos caíram de grande altura, desaparecendo para sempre. Diz a lenda que Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas.
Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio. Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta sob a Garganta do Diabo onde o monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas




Não visitamos o lado Argentino, ficou para a próxima. O que me comentaram é que é tão bonito quanto o lado brasileiro. E que se vê a Garganta do Diabo de cima, enquanto que no Brasil se vê de baixo e de longe. No nosso caso, não dava para se ver nada na ponta da passarela porque a neblina encobria os saltos. Sem contar o frio e a garoa provocada pelas quedas.




Se eu fiz as trilhas, especialmente o Macuco? Não, infelizmente não fiz. Fazia muito frio e preferi não me arriscar a ficar molhada o dia inteiro. Deixei para fazer no verão, quando então iremos para conhecer o lado argentino. Mas todo mundo superindica. Não vejo a hora de ver as Cataratas também por baixo. Deve ser uma experiência e tanto.

E para concluir este post, resolvemos almoçar lá dentro do Parque mesmo, no Espaço Porto Canoa, onde você encontra um restaurante e também um fast food. Como em qualquer lugar turístico, é mais caro que o normal. Mas já que você está ali mesmo, cansado da caminhada, a fome batendo, senta nas mesas ao ar livre e fica apreciando de longe a garoa que sobe da Garganta do Diabo.



 Você ainda vai conseguir encontrar e conversar com viajantes do mundo inteiro. O que também é uma experiência interessante, porque não é só o brasileiro que está indo para outros países, os viajantes estrangeiros também estão vindo conhecer as nossas belezas naturais. Ainda mais agora sendo as Cataratas uma das novas 7 Maravilhas da Natureza.



Se você está em dúvidas entre ir e não ir, vá. Você não vai se arrepender. É lindo demais.





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