terça-feira, 19 de março de 2013

Histórias de Viagem - chimarrão





É ilegal? Vicia?



Hoje cheguei em casa, depois de um longo dia de trabalho, e sem pensar fui preparar meu chimarrão. Sim, eu passei o dia inteiro e não consegui tomar um mate. Minto. Tomei dois mates enquanto fazia a unha e depois tentei tomar mate no trabalho. Tentei, porém não consegui. A térmica, ou melhor, a tampa da térmica, estragou.

Agora, enquanto preparava o meu amargo para relaxar (e arrumar a mala!), comecei a me lembrar de uma cena muito engraçada que vivi na Itália, mais precisamente em Veneza. Sim, caro leitor, eu carrego o chimarrão na mala. Se eu tive algum problema? Nunquinha da Silva. Mas isso já é assunto para outro artigo.

Estava eu caminhando por Veneza, numa manhã fria (a temperatura talvez estivesse negativa, talvez não. Não sei. Só sei que estava muito frio), mas ensolarada, com o meu chimarrão em plena Ponte do Rialto, quando uma pessoa me atacou, afinal de contas, aquilo que eu tinha nas mãos era muito estranho. Coisa de outro mundo, deve ter pensado ele!

A primeira pergunta: o que é isso?! E eu, treinando meu inglês, respondi que era um chá verde, típico do Sul do Brasil, chamado chimarrão, mas também conhecido por mate, que tem na Argentina e tal. Ele lascou: e esse verde, o que é? E eu respondi que eram folhas de uma árvore, que são secas e depois moídas. É ilegal? É tóxico? Isso vicia? Emendou ele. E eu, segurando o riso – ou a gargalhada – e com toda a paciência que Deus me deu, afirmei com todas as letras: não, não é tóxico, não é ilegal e nem vicia! E complementei: é simplesmente um chá que todas as pessoas normalmente tomam diariamente, só que ao invés de tomar na xícara, toma na cuia, com a ajuda disso aqui, apontando para a bomba, que se chama canudo.

Para completar a conversa, ofereci a ele para provar. Ele não quis. Agradeceu a explicação e disse que nunca tinha visto e nem ouvido falar. Mas que era muito interessante.

Obviamente eu jamais iria dizer que vicia (no bom sentido, pois nada mais é do que um costume diário e sem qualquer contraindicação!), que as folhas verdes são chamadas de erva e que o ‘canudo’ se chama de bomba, até porque se dissesse isso, seria presa e deportada. Mas, ao mesmo tempo em que alguns desconhecem, outros conhecem e sabem que é chamado de mate, um nome mais simples e de fácil assimilação para o estrangeiro.

Agora, uma coisa é certa: ficar um dia sem matear faz com que o dia não esteja completo. Pelo menos o meu!

segunda-feira, 11 de março de 2013

Folclore Peruano





Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de conhecer a cultura local dos destinos que visito. Sempre busco ver alguma manifestação cultural de perto. De preferência que não seja 'para-turista-ver'. Para isso, converso com locais e sigo as suas dicas. 

No Peru, vivenciei o carnaval de Puno. E, em  Cusco, vi um pouco das danças típicas peruanas.

Lendo Terra hoje eu me deparei com estas fotos belíssimas de diversas manifestações culturais do Peru. Da linda e romântica Marinera (dança nacional) à folclórica Chuncha.





Escrevi sobre o Carnaval de Puno aqui e aqui.

Boa leitura!