sábado, 14 de dezembro de 2013

Livros que inspiram a viajar - Rota da Seda


Mais um excelente livro do Guilherme Canever, do blogue Saí Por Aí, que conta sua viagem por países impensáveis turisticamente, tais como Irã, Iraque, Turcomenistão, Quirguistão e outros tantos desconhecidos. 

O texto é ótimo. As fotos, maravilhosas. É daqueles livros de começar e não parar antes da última página!

Mas o que mais me impressionou foi a hospitalidade. Dá vontade sair correndo para lá e conhecer esse povo.

Já contei sobre o outro livro dele aqui, que fala sobre a África.

Vale a pena a leitura!

See you!


domingo, 20 de outubro de 2013

Uma aventura no céu de Porto Alegre

Gasômetro



Em 2007, o Jaime me levou para fazer um passeio panorâmico em Porto Alegre. A gente foi até o Aeroclube do Rio Grande do Sul e de lá saímos a sobrevoar a Capital de todos os Gaúchos.





Iniciamos o roteiro na zona sul da cidade, passando pelo estreito, exato local onde termina o Delta do Guaíba e inicia a Laguna dos Patos.



Depois, passamos pela Praia do Pontão...


... e pelo Farol de Itapuã.


Seguindo o roteiro, passamos o Estádio Olímpico Monumental do Grêmio, antiga casa do meu tricolor. Daquele outro clube futebolístico, passamos a lo largo.



Depois, seguimos na direção norte, para vermos o centro da cidade e a Ponte do Guaíba.



Como não podíamos entrar na rota dos aviões comerciais, retornamos pela Usina do Gasômetro (primeira foto), tendo o Jaime a oportunidade de pilotar um pouco. Na chegada à pista, o piloto perguntou se podia arremeter para a gente conhecer essa sensação e nós topamos. Ele arremeteu, deu mais uma volta e aterrissou.


Foi sensacional! Porto Alegre é linda!

O Aeroclube tem várias opções de passeio. Confere lá no saite. É uma forma de ver Porto Alegre de um ângulo diferente.



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Livros que inspiram a viajar - De Cape Town a Muscat


Este livro do Guilherme Canever, da Editora Pulp, é sensacional. Conta o mochilão que ele fez desde a África até o Oriente Médio, vivendo diversas aventuras.

Além disso, o livro é bem acabado, cheio de fotos e alguns mapas ilustrativos.

Recomendo - e muito - a leitura!



sábado, 12 de outubro de 2013

3ª Blogagem Coletiva: As Viagens da Minha Infância



Fusca em que eu atravessava o RS na 'cachorreira'


O grupo Viagens em Família do Facebook está promovendo a 3ª Blogagem Coletiva deste ano. Para quem não lembra, contamos sobre as nossas viagens em família (leia aqui) e depois, em homenagem ao Dia dos Pais, contamos sobre os nossos perrengues em viagens (leia aqui). E agora vamos narrar como eram as nossas viagens quando éramos crianças.

Bem, a gente, em razão da profissão do meu pai, vivia mudando de cidade. Em uma determinada época, morávamos em Frederico Westphalen, cidade que hoje moro por razões profissionais, enquanto meus avós e tios moravam em Jaguarão (terra da Felipe, o Pequeno Viajante), ou seja, a mais de 700km de distância entre uma e outra. Então, toda a vez de visitarmos a família, cruzávamos o Estado do Rio Grande do Sul de norte a sul. Era, literalmente, uma viagem.

Mas o detalhe é que, naquela época, as estradas não eram totalmente pavimentadas. Sim, queridos leitores, era estrada de chão! E o meu pai tinha... um fusca! Saíamos de Frederico depois do expediente de sexta-feira (pelas 18h), viajávamos a noite inteira e chegávamos para o almoço na casa do meus avós. No domingo cedo, começávamos a retornar. Nestas viagens, eu ia na ‘cachorreira’, o famoso porta-malas do fusca. Minha mãe me arrumava uma cama e ali eu viajava direto. Cinto de segurança? Isso era luxo! Pra quê? O fusca não passava de 80km/h...

Laranjal
Depois, nova mudança. Fomos morar em Pinheiro Machado, popular ‘Cacimbinhas’. Dali fizemos algumas viagens interessantes. Nos verões, íamos à Praia do Laranjal, em Pelotas. Era o máximo. Ficávamos na casa de uns amigos e o banho era obrigatório na hoje poluída Lagoa dos Patos. 

Laranjal

A evolução aconteceu quando passamos a veranear no Cassino, a maior praia do mundo. Íamos de barraca, para o camping municipal, que ficava uns 3km da praia. Certo dia, saímos cedo para aproveitarmos o dia na praia. Éramos eu, minha mãe e um casal de amigos que nos acompanhava no acampamento. Meu pai, óbvio, ficara dormindo na barraca e somente depois iria nos encontrar na praia. Durante a caminhada, o nosso amigo cumprimentava efuzivamente todas as pessoas por que cruzava. Se estavam na área de casa, tomando chimarrão, parava no portão e puxava assunto como se fosse bem conhecido e íntimo daquela família. Perguntava por todos e mandava abraços, mas jamais dizia quem era. Depois, seguia o rumo, enquanto nós 3 nos dobrávamos de rir.

Vagonetas no Cassino


Porto de Rio Grande - Porta-aviões Minas Gerais
Navio encalhado - Cassino


Noutro dia, minha mãe cozinhou uma lata de leite condensado para a sobremesa. E, claro, que eu abri antes dela esfriar e comemos até o fim. Resultado: sérios problemas estomacais se sucederam. Só voltei a comer leite condensado cozido depois de algum tempo...

Com este mesmo casal viajamos, em outro verão, para Torres. O carro era um Chevette. Nele, nós os 5 (eu era a única criança), toda a bagagem, uma barraca e todos os equipamentos para camping. O carro não andava, gemia Freeway (BR-101) a fora. Chegamos, ficamos uma semana acampados e, certo dia, fomos procurar a freira da propaganda da praia de Morro dos Conventos/SC... Claro que não a encontramos...

Catedral de FW
Outra aventura inesquecível foi a viagem que fizemos para Foz do Iguaçu. Isso foi nos idos de 1983 e nós saímos de Cacimbinhas para visitar uns tios que viviam naquela cidade. Carro arrumado (acho que era um Passat), pegamos a estrada. Estávamos nós, eu, meu pai e minha mãe, e uma tia muito religiosa.

Como já fazia alguns anos que tínhamos saído de Frederico Westphalen, passamos uns dois dias ali revendo os amigos para depois seguirmos viagem para Foz. A ideia era atravessarmos o oeste catarinense e, para diminuirmos o caminho, atravessaríamos a estrada de chão que corta o Parque Nacional de Iguaçu, hoje trancada para o tráfego. Mas meu pai, enquanto não fez esse caminho, não sossegou.

Sociedade Aquática Barrilense - FW

 Pois bem, nosso trajeto não era totalmente pavimentado e o tempo não colaborou. Chovia muito e o barro vermelho cobria o pneu até a sua metade. Começou a anoitecer. Estávamos quase em pânico! Minha tia rezava muito, pois estava apavorada! Tivemos que ser rebocados de trator em duas subidas da estrada. Muitos carros e até ônibus estavam atolados...


Finalmente chegamos na barca que tínhamos que atravessar para pegarmos a tal estrada do parque. Muitas placas alertavam que não era permitido parar o carro e descer porque havia o risco de os animais atacarem.



Depois de muito andarmos, quebrou o cano de descarga do carro na estrada empedrada. Noite escura e o carro naquele barulhão, afastando todo e qualquer bicho que pensasse em se aproximar de nós. O pai parou, desceu, arrancou o pedaço do cano e com o carro roncando, seguimos viagem.


Chegamos em Foz do Iguaçu por volta de 22h. Quando meu pai perguntou para a minha mãe o endereço dos meus tios, ela começou a revirar a bolsa e tudo o que encontrava pela frente procurando o bilhete com o endereço. Claro que ela não encontrou... tinha ficado sobre a mesa da cozinha... Não tínhamos como contatar com meus tios, pois inclusive o telefone tinha ficado lá e naquela época nem se sonhava em GPS e celular. Solução: fomos para um hotel para passarmos a noite e, no dia seguinte, telefonamos para a empresa que o meu tio trabalhava dentro da Itaipu Binacional e ele foi nos buscar no hotel e nos levou para a sua casa.




O mais legal dessa viagem foi a visita que fizemos à Itaipu Binacional. Onde hoje é o grande lago, andei de Kombi. Passei pelas turbinas, por cima da barragem, por todo o canteiro de obras. Visitamos as Cataratas, o Marco das 3 Fronteiras, fomos à Ciudad Del Este, que naquela época se chamava Puerto Strossner, e pela primeira vez fui a um aeroporto ‘ver’ um avião. Lembro do calorão e do papagaio do vizinho que vivia mais lá na tia do que na casa dele. Engraçado como algumas coisas marcam a nossa vida, não é mesmo?






Uma outra viagem que lembro é a primeira ida a Gramado e Canela. Mas lembro muito pouco, apenas de uma foto que tirei no jardim do Hotel das Hortênsias e da Cascata do Caracol. Nada mais.



O mais legal é que sobrevivemos a tudo isso e hoje me proponho a levar a minha filha para viajar junto comigo, pois é uma experiência inesquecível.

Leia sobre outras viagens nos links que seguem:


1. Claudia Rodrigues Pegoraro - Felipe, o Pequeno Viajante 

2. Karen Schubert Reimer - As Aventuras da Ellerim Viajante

3. Francine Agnoletto - Viagens que Sonhamos

4. Thyl Guerra - Viajando com Palavras

5. Marcia Tanikawa-Os Caminhantes

6. Adriana Pasello - Diário de Viagem
  
7. Sut-Mie Guibert - Viajando com Pimpolhos


8. Andreza Trivillin - Andreza Dica e Indica Disney

 9. Patricia Papp - Coisas de Mãe

10. Camila de Sá Marquim - Na Viagem com Camila

11. Débora Segnini - Gosto e Pronto

12. Débora Galizia - Viajando em Família

13. Aryele Herrera - Casa da Atzin 

14- Andréia Mannarino - Mistura Nada Básica

15 - Tatiana Dornelles - Destino Mundo Afora

16. Manu Tessinari - Cup of Things

         17. Valéria Beirouth - It Babies

         18. Luciana Misura - Colagem

         19. Amanda Lago - Batendo Perna Pelo Mundo

         20. Erica Kovacs - Viagem com gêmeos




Até a próxima blogagem coletiva!


sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Filmes que inspiram a viajar - Chile



Neruda viveu exilado na Itália após o golpe militar. Para morar, elegeu Capri, onde passou bons momentos ao lado de sua amada Matilde Urrutia.

Diz a sinopse:

Por razões políticas o poeta Pablo Neruda (Philippe Noiret) se exila em uma ilha na Itália. Lá um desempregado (Massimo Troisi) quase analfabetoé contratado como carteiro extra, encarregado de cuidar da correspondência do poeta, e gradativamente entre os dois se forma uma sólida amizade.

O filme data de 1995, conforme informações obtidas no saite Adoro Cinema.


Livro que inspira a viajar - Chile




Este livro é simplesmente sensacional (atualmente vendido somente em sebos na versão em língua portuguesa)! Matilde Urrutia narra a vida ao lado de Pablo Neruda, desde que se conheceram até depois da sua morte, quando teve que aprender a viver sozinha.

Além de um belo romance, conta muito da vida no Chile e detalha as três casas que tiveram: La Chascona, La Sebastiana e a espetacular Isla Negra.

Recomendo essa leitura antes e depois da viagem. Ainda mais se você se interessa por história e pela vida de pessoas ilustres, como Neruda.

Outro post em que recomendo outros livros de Neruda é este aqui.

Boa leitura!


domingo, 6 de outubro de 2013

Mateando Mundo Afora - Chile 2013


Este post também faz parte da série Mateando Mundo Afora. Desta vez, algumas fotos no Chile. Embora tenhamos tomado mate (chimarrão) todos os dias, não tirei muitas fotos. 

No domingo, logo cedo, como é hábito nosso, mateamos e assistimos a mais uma etapa do Freio de Ouro pela internet.


Santiago é cheia de parques que convidam a degustar um bom chimarrão. E nós aceitamos este convite.




Mas desta vez teve um mate que foi loco de especial: o que fiz com neve. Da primeira vez que fui, tentei esta façanha e não consegui. Desta vez não podia passar em branco.






Até a próxima viagem, com o Mateando Mundo Afora.



sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Sabores do Chile



Já tenho por tradição escrever este post comentando sobre o que comi e bebi nos lugares por que andei. E não podia ser diferente com o Chile.

A grande novidade desta viagem foi a centolla, que comi no Donde Augusto, conforme contei aqui. Segundo a explicação que recebi, ela é cozida na própria água do mar e depois se tempera com alguns molhos que vem à mesa. Eu achei deliciosa e comeria outra vez, sim, apesar do preço (cerca de R$ 350,00).


 


Empanadas: impossível ir ao Chile, Argentina e Uruguai e não se deliciar com uma destas. No dia em que fomos a Isla Negra, acabamos por almoçar pelas 15h e pedimos ao Juan empanadas. Ele descobriu esta fábrica em Algarrobo e fizemos a festa. Adoro uma empanada!




Palta: outro sabor típico do Chile. O abacate acompanha tudo e mais um pouco, desde saladas até sanduíches. E fica maravilhoso!



Este crepe de nutela também fez sucesso, no Patio Bellavista.

No setor das cervejas, eu gostei muito desta Escudo.





Também não podia faltar a bebida típica do Chile que, assim como no Peru, é o Pisco Sour.




Mas nem só de pratos típicos vive o Chile, há gastronomia de fusão, também, deliciosamente preparada pelo Água como Chocolate, meu restaurante preferido naquela cidade, como já contei aqui.

Desta vez, comi Cordero en Aromas del Bosque e o Jaime Filete de Vigor y Pasión, cuja foto não existe porque ele não me deixou tirar... Aliás, o cardápio deste restaurante é primoroso, assim como a decoração. 

Fui pela segunda vez e irei todas as vezes que retornar a Santiago.




E para finalizar, o grande nome do Chile são seus vinhos. Contei em três posts sobre o nosso tour de vinhos desta viagem (Matetic, Indómita e San Esteban). Já visitei, também, a Cousiño Macul e a badaladíssima Concha y Toro. Quando voltar, irei conhecer outras. O vinho chileno é especial e diferenciado. Comprávamos bons rótulos em qualquer esquina e a um preço muito acessível. 

Tim-Tim!


E mais uma vez: Viva Chile!





domingo, 29 de setembro de 2013

Museu Interativo Mirador - MIM - Santiago/CH


Chegou o nosso último dia em Santiago e a lista de coisas para fazer ainda era enorme! Neste dia iríamos visitar o Museu Interativo Mirador - MIM e depois iríamos para o Museu Artequim e, se sobrasse tempo, Parque Infantil Gabriela Mistral. Seria um dia e tanto com a criançada!  Mas subestimamos - e muito! - o MIM!

Saímos de 'casa', pegamos o metrô até a estação Mirador (linha verde) e depois caminhamos até uma das entradas (cerca de oito ou nove quadras desde a estação do metrô - tem placas indicando o caminho). Chegamos cedo, cerca de 10h da manhã e já tinha fila para comprar o ingresso.

Entramos e nos deparamos com um museu enorme, preparado para receber os visitantes, com atrações para todas as idades. E muita gente!

O ingresso dá direito a duas atrações especiais. Então você chega e vai agendar as tuas atrações especiais. Nós escolhemos a sala de Eletromagnetismo e a do Terremoto, uma experiência diferente para nós, brasileiros. Conseguimos horário para as 14h20min e 15h, respectivamente. Ou seja, teríamos que almoçar ali mesmo. Sem problemas, pois no complexo do MIM há até uma praça de alimentação e nela há opção de buffet, lanches, sorvetes, etc. Há, também, espaço para pique-niques (aliás, tinha muita gente por lá fazendo).



Tem sinal de internet grátis (quanto mais perto da porta principal, melhor o sinal). Banheiros são razoavelmente limpos (em comparação com o volume de gente que estava circulando por lá) e tem monitores que falam português.

Nossa estratégia foi perfeita: antes do meio-dia, atravessamos o pátio para a Praça de Alimentação e lá almoçamos. Ainda estava vazio e o atendimento foi ótimo. Quando nós terminamos, estava lotado, com muitas filas para tudo. Daí, voltamos para o Museu, com as atrações não tão cheias de gente.




Às 14h entramos para a sala de eletromagnetismo. As explicações foram em espanhol e um tanto rápido. As crianças não entenderam muita coisa, precisamos ajudá-las. Pedimos ao monitor que falasse mais devagar, mas não obtivemos êxito. Mas o que importa mesmo é que todo mundo se divertiu por ali.

A atração mais esperada por todos nós era a sala do terremoto, por ser uma experiência totalmente diferente, já que no Brasil, pelo menos no Sul, não enfrentamos esta situação. O monitor já falava bem calmamente, o que facilitou, e muito, a vida dos nossos pequenos viajantes.



Depois de uma explicação sobre o que é um terremoto, entramos num simulador de terremotos. A simulação revela a magnitude 8,8 graus, a mesma do terremoto que abalou o Chile em fevereiro de 2010. Uma sensação não muito agradável, confesso!

A Valentina ficou muito impressionada com o terremoto. Passou dias falando nele e naquela noite custou a dormir. Até hoje conta para todo mundo como foi a experiência. E quando chegamos no flat, ela foi para a internet pesquisar sobre terremotos e, em especial, os ocorridos no Chile.

Resultado: saímos de lá pelas 16h e decidimos ir ao Costanera Center para as últimas compras e depois seguiríamos para jantar Patio Bellavista. Depois iríamos para casa arrumar as coisas, pois no dia seguinte, muy temprano, começaríamos a regressar. 

Nesse momento, acontece um fato inédito: perguntei a um taxista quanto custava uma corrida desde o MIM até o referido Shopping e ele me deu um valor aproximado. Ao aceitarmos a sua oferta, ele respondeu que não nos levaria e que era para procurarmos outro. Optamos pelo táxi, e não metrô, pelo cansaço de todos. Encontrei um corajoso que nos levasse ao nosso destino. Compras feitas, afinal de contas era época de liquidação em Santiago, pegamos um novo táxi e fomos jantar no Pátio Bellavista.

Sabe cansaço? Multiplica por mil... Mas valeu cada minuto desse dia que passamos juntos, viajando.



sábado, 28 de setembro de 2013

Viña San Esteban: seja enólogo por um dia (ou Nosso Tour de Vinhos III ) - Chile


 


Esta vinícola, definitivamente, não estava no nosso roteiro. Neste dia em que visitaríamos uma vinícola e depois iríamos almoçar em Portillo, tínhamos escolhido a Emiliana para visitar, pois já conhecíamos alguns de seus vinhos. 

Mas no dia anterior (quando visitamos Matetic, Isla Negra e Indómita) o nosso tour já era por conta da Skitour e no caminho para a primeira vinícola o nosso motorista Juan Vergara (info@itours.cl ou gatovergara@gmail.com) começou a nos comentar sobre a nossa escolha para o dia seguinte (Emiliana) e falou sobre a San Esteban, segundo ele com uma visita bem diferente das demais vinícolas. Nossos olhos brilharam e na hora optamos pela troca, aceitando imediatamente a sua sugestão. 

Daí, liga para o escritório, cancela Emiliana, agenda San Esteban. Ufa! Deu tudo certo. A nossa curiosidade cada vez mais aguçada. E a expectativa era enorme, também.

No caminho, uma foto do Aconcágua, que na outra vez não tinha se mostrado para nós, pois chovia e nevava muito quando por ele passamos. Ai, que emoção! O pico mais alto da América do Sul estava ali, na minha frente, embora a quilômetros de distância!


Vimos, também, plantações de pêssegos, ameixas e cerejas. A vinícola fica em San Esteban mesmo, um pequeno vilarejo incrustado nas montanhas da Cordilheira dos Andes, no Vale do Aconcágua. Este é o visual:


E a nossa visita começa exatamente pela adega. Atravessamos este galpão, onde repousa milhares de litros de vinho, saímos na porta dos fundos e visitamos a área industrial: desde o local do recebimento das uvas, fermentação nos toneis de aço inox, o envasamento e etiquetagem das garrafas. As crianças adoraram ver como as garrafas são enchidas, ganham rolha e rótulo, tudo sob um rigoroso controle de qualidade.


Depois desta etapa, voltamos à adega e a nossa guia nos explicou a diferença entre as três principais cepas pela empresa produzida: cabernet sauvignon, carménère e syrah. Degustamos uma a uma, separadamente, identificando suas características. Depois, passamos a elaborar a nossa própria fórmula, seguindo as orientações recebidas.




Depois, foi mãos à obra: Duas chances para criarmos o nosso próprio assemblage. Primeiro, a gente faz uma taça de cada, conforme as fórmulas montadas. Depois, escolhemos uma delas e fazemos uma garrafa inteira. Com a ajuda da nossa anfitriã, escrevemos o rótulo, colocamos a rolha e o lacre. E tcharam: saímos de lá com um vinho só nosso, com a nossa assinatura! Não é o máximo???







Achas que a visita terminou? Nã-nã-ni-nã-não! Depois de ser enólogo por um dia, de comer nozes e passas deliciosas, produzidas pela própria empresa, passamos à degustação, propriamente dita (e nós já estamos muito mais pra lá do que pra cá, trocando as pernas e tal, pois experimentamos todas as provas uns dos outros - éramos em 4 adultos...). Com o vinho top (Laguna del Inca In Situ) da empresa, é servida uma empanada de carne deliciosa e enorme, para aplacar  um pouco a fome e o que já bebemos.

Tudo isso no meio da Cordilheira, com uma paisagem maravilhosa, com um papo superanimado. Para as crianças, nenhuma atividade. Então, explicamos a eles como se faz um vinho e deixamos as câmeras de foto para que eles se divertissem um pouco.

No final, ainda compramos azeite de abacate, também produzido na vinícola. E dos nossos signature wines trouxemos garrafas extras. A tua garrafa está no preço. Se quiseres fazer outras extras, pagas em separado. 

Gastamos em torno de R$ 250,00 ao todo (visita, 3 garrafas extras do nosso assemblage e um azeite de abacate)*. Mas trouxemos conosco uma experiência que não tem preço!

Graças ao Juan vivenciamos esta experiência diferente, que vamos levar para o resto de nossas vidas. Se fores ao Chile, reserva um dia para visitar esta vinícola, pois vale muito a pena!

Salud!




* o preço do tour não está incluído nesse valor