domingo, 27 de agosto de 2017

Évora: roteiro de um dia


Évora é uma das cidades mais antigas de Portugal, sendo conhecida como Cidade-Museu em razão do seu centro histórico muitíssimo bem preservados. Em 1986, a UNESCO o declarou Patrimônio Mundial. 

Fizemos um bate-e-volta a partir de Lisboa. Utilizamos ônibus, porque perdemos o trem por poucos minutos. Ali nos informaram que tínhamos que ir até a estação Sete Rios e lá desembarcar do metrô e pegar o ônibus da Rede Expressos até Évora. Já compramos a passagem de ida e de volta, com desconto. O ônibus é bem confortável e a viagem dura cerca de 1h45min. No trajeto, muitos olivais e paisagens lindas.

Estação rodoviária de Sete Rios

O tempo não estava muito firme, garoando de pouco em pouco. Mesmo assim, fomos caminhando desde a rodoviária até o centro histórico. São cerca de 2km de distância.


 Já na entrada da cidade murada se percebe a maior característica de Évora: as casas brancas ornadas com amarelo. Reza a lenda que se trata de proteção contra os maus espíritos, enquanto que a ciência esclarece que a proteção é contra o calor e os insetos. E tem mais: as casas devem receber uma nova camada de cal anualmente das mãos da mulheres, pois são elas que têm a tarefa de limpar e de proteger o lar e à família.


 A arquitetura portuguesa é clássica e as janelas e grades dão um show à parte. A vontade é de fotografar todas as janelas e sacadas...


Resolvemos almoçar no O Cruz, que fica perto da Capela dos Ossos para passar o tempo. No meu cardápio, óbvio, bacalhau, mas desta vez na forma de bolinho. Preciso dizer que estava delicioso? Não, né?



A história de Évora remonta a mais de cinco milênios. Pertenceu aos romanos, ao visigodos, aos muçulmanos até regressar à Coroa Portuguesa. No local, ruínas romanas podem ser visitadas hoje em dia, como o templo romano, que se situa na parte mais alta da cidade. Acredita-se que foi construído por volta do Séc. I como homenagem ao Imperador Augusto.



Próximo dali, no interior da Câmara Municipal, podem ser visitadas as ruínas de um banho romano. 


Dali seguimos para a Igreja de São Francisco, que abriga a Capela dos Ossos. Por ter o Palácio Real integrado, foi considerada como a Igreja Real. O casamento do príncipe D. Afonso com D. Isabel de Castela, em 1490, foi realizado aqui.


Para se visitar a Capela dos Ossos, paga-se um ingresso no valor de 2 euros. A capela fica na parte de trás desse altar da foto. O acesso pode se dar por qualquer dos lados, mas tem indicação desde a porta da frente da igreja.


A curiosa Capela dos Ossos foi construída pelos franciscanos no século XVI e teve suas paredes e teto forradas por crânios e ossos humanos que estavam em 42 cemitérios da região, que foram destruídos para serem utilizados para outra finalidade. Por outro lado, há a questão espiritual, pois a mensagem transmitida é a da transitoriedade da vida, conforme escrito na portada da capela: "Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos". 





 Apesar de tudo, o resultado final é muito interessante e equilibrado. Vale a visita!

Nosso dia se encerrou na Praça do Giraldo, quando retornamos para a rodoviária para pegar o ônibus de volta a Lisboa.


É claro que tem muito mais a ser visitado em Évora. Nós tínhamos apenas um dia para conhecer a cidade e nosso objetivo maior era a Capela dos Ossos. Mas ficamos com gostinho de 'quero mais'. Aliás, sempre fico quando vou nesses lugares pequenos, antigos, históricos e aconchegantes.

Até mais!



domingo, 20 de agosto de 2017

Ramos Pinto: degustação de Vinho do Porto


Depois do almoço, na Ribeira, em Porto, caminhamos até Vila Nova de Gaia, do outro lado do Douro. Atravessamos a ponte de ferro e tivemos uma das vistas mais lindas da cidade do Porto. Nosso objetivo era degustar vinho do porto, tradicional no local.


Optamos pela tradicional cave Ramos Pinto, que fica na beira do rio. Sua fundação ocorreu em 1880, por Adriano Ramos Pinto, que logo se fez notar pela sua estratégia pioneira de inovação, exportando seu produto para o mercado brasileiro.

A visita ocorre em português, inglês ou espanhol. Começamos visitando a Museu Casa Ramos Pinto e, depois, descemos para as caves. Lá aprendemos sobre o processo de fabricação, guarda e envelhecimento do vinho em barris de carvalho. Aprendemos, também, que quanto mais envelhecido, mais durável é o produto. Quanto mais jovem, mais rápido deve ser consumido o vinho quando aberta a garrafa.



 Logo após, subimos para a parte mais alta e degustamos um vinho branco e outro tinto, ambos com intenso sabor e aromas. Os produtos podem ser adquiridos ali mesmo, caso haja interesse. Podem ser enviados diretamente ao Brasil, também, pela empresa.



No Douro ficam as embarcações que eram utilizadas para o transporte do vinho do porto. São chamadas de 'rabelos' e possuem o fundo chato para melhor acomodar os barris.



Além dessa cave, existem outras que também podem ser visitadas. São inúmeras as existentes ali na ribeira. Ah, e se quiser, pode fazer um passeio de teleférico sobre a região.