domingo, 12 de março de 2017

Que tal mergulhar?

* Post publicado no blog parceiro Mulheres Donas de Si, em 07/03/2017.

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Mergulho – Pic by Fábio França – Adrenalina Mergulho – Paraty/RJ
Você já se imaginou desbravando o mundo sub? Tem vontade de mergulhar? Já pensou nisso alguma vez? Tem, ao menos, curiosidade? Vou te contar como isso é possível!
Não, não estou falando de fazer snorkeling, que é quando você põe uma máscara de mergulho  com ou sem o snorkel (aquele ‘caninho’ que possibilita a respiração), fica na superfície e, dependendo da limpidez da água do mar, vê os peixinhos coloridos que habitam as pedras e corais do nosso litoral ou do mundo. Estou falando de Open Water Dive, de mergulho com cilindro, aquele em que você desce ao fundo do mar e descobre que existe outro mundo lá embaixo.

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Frade ou Paru – Pic by Fábio França – Adrenalina Mergulho – Paraty/RJ
Bem, para este tipo de mergulho você precisa estar habilitado, precisa ter uma certificação para poder utilizar os equipamentos necessários. São diversos níveis de aperfeiçoamento, a começar pelo básico (Open Water Dive – possibilita mergulhar até 18m de profundidade, conforme a certificadora), passando pelo avançado (Advanced Water Dive – até 45 metros), pelo nitrox/trimix (mistura de gases, para mergulhos mais profundos – acima de 45m de profundidade  para possibilitar maior autonomia de fundo) ou pelas especialidades, como por exemplo, mergulho em  caverna (para mim, algo impensável!).
Os cursos são ministrados por certificadoras internacionais (PADI, PDCI, etc.) em escolas de mergulho. Por se tratar de um esporte de alto risco (a embolia é um risco real em mergulhos profundos), deve ser ministrado por instrutor comprometido com a segurança do mergulhador. Eles duram em torno de 4 dias e se dividem em aulas teóricas e práticas, com provas finais em ambos os segmentos.
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Coió ou Peixe Morcego – By Andrea Barros
Você pode estar se perguntando: tenho vontade, mas não sei nadar. É possível?  Sim, é possível. Não é necessário saber nadar para aprender a mergulhar. Os equipamentos – e principalmente os pulmões – são os responsáveis pelo controle da flutuabilidade sob a água. É só respirar calma e profundamente, relaxar e curtir todos os momentos de fundo, pois o mundo sub é fantástico!
Para mergulhar, cuidados são indispensáveis. Nunca se mergulha sozinho e sempre se avisa o local onde se vai mergulhar. Quando você participa de uma operação de mergulho com uma empresa credenciada, a equipe vai junto e tem pelo menos um dive master para orientar o grupo.
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Ouriços do Mar – By Andrea Barros
Então você deve estar pensando: preciso mesmo fazer o curso para poder mergulhar? Eu respondo: não! Se você quer só experimentar a sensação de mergulhar, você pode contratar um batismo. Neste caso, você é levado por um dive master, que controla todos os seus equipamentos e te ajuda em qualquer dificuldade. Você não mergulha solto, pois é ele quem te guia. São mais ou menos 30 minutos de fundo em batismos e a profundidade não ultrapassa 12 metros, em regra.
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Batismo – Pic by Fábio França – Adrenalina Mergulhos – Paraty/RJ
Quer saber quanto custa mergulhar? Barato não é. Um curso básico, atualmente, deve estar custando entre R$ 1.500,00 e R$ 2.000,00, exatamente pelos riscos que envolve. Um batismo, dependendo da operadora, custa em torno de R$ 350,00. Quer saber se vale o investimento? Para mim, vale cada centavo. Se você não experimentar a sensação de mergulhar, não vai ter essa resposta… Só digo uma coisa: ar comprimido vicia! hehehe
Quer conhecer mais alguns pontos de mergulho no Brasil? Clica aqui.
E aí? Você se animou com esta possibilidade? Conte pra gente!
Até o próximo post!

domingo, 5 de março de 2017

Passeio de Maria Fumaça entre Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa/RS





Por incrível que pareça, morando quase do lado de Bento Gonçalves, ainda não tinha conseguido fazer esse passeio! Até já havia tentado reservá-lo outras vezes, mas sempre em vão. Neste carnaval de 2017, finalmente conseguimos!

Claro que no sábado e no domingo estava lotado. Consegui horário para a segunda-feira de carnaval, às 9h. Fiz a reserva diretamente com a operadora do passeio, a Giordani Turismo, de Bento Gonçalves.

A garantia da reserva se dá mediante o depósito de parte do valor. Como consegui reservar somente na sexta-feira anterior, ficou combinado que o pagamento seria no dia (tínhamos que estar lá às 8h30min), em dinheiro ou cartão de débito.






Chegamos na estação, em Bento Gonçalves, no horário combinado e a fila na bilheteria já era grande. Retirei os tíquetes e já pegamos as nossas taças para as degustações oferecidas. Pagamos o valor de R$110,00 (cento e dez reais - fev/2017) por pessoa (crianças até 5 anos não pagam, a partir dessa idade, pagam como adulto).



A degustação oferece vinho suave e seco, suco de uva tinto e branco. A estação possui loja, estúdio para fotos antigas (que nós não fizemos porque não deu tempo), banheiros, fraldários e é acessível. Enquanto a gente se prepara para o passeio, música italiana tradicional se ouve pelo corredor.





Próximo ao horário de partida, o sino da estação é tocado para que todos ingressem no trem e tomem seus assentos. Acima deles, o local para colocar as taças.




 O trajeto dura mais ou menos 1h30min e diversas atrações ocorrem nos vagões durante o passeio. Por ser carnaval, um grupo de músicos apresentou algumas marchinhas de carnaval, em primeiro lugar. Depois, veio uma mostra de música gaúcha e, por fim, o Coral Terra Nostra apresentou algumas canções em italiano, tirando alguns viajantes para dançar.



Durante o percurso, mata atlântica, viadutos e lindas paisagens rurais. 






 Na chegada em Garibaldi, mais música italiana, mais degustações. Desta vez, de espumante moscatel e suco de uva. O passeio é superadequado a famílias com crianças. Em cada vagão há um guia que vai contando a história da região. Por ser carnaval, estavam fantasiados com máscaras venezianas e abordaram o tema, também.




Nesta parada (uns 20 minutos), é possível se visitar um vagão original, com bancos de madeira, e também a maria fumaça.



A estação final fica em Carlos Barbosa, que recepciona o visitante com mais música italiana. Aqui se busca o ônibus amarelo, da empresa Santo Antonio, que fica estacionado no final da estação, para o retorno a Bento Gonçalves, onde os carros particulares ficam estacionados durante o passeio.




O passeio é muito legal e eu recomendo muito. Entretanto, achei que podia ter degustação de queijos em Carlos Barbosa (terra da aclamada FestiQueijo, que acontece anualmente em julho) ou de polenta e grôstoli, em Garibaldi. Degustar vinho e espumante pela manhã pode causar consequências desagradáveis nos viajantes. Vi que em Garibaldi é possível comprar porções de polenta, mas o tempo é escasso e não há nenhuma indicação disso.

Também percebi que todo o tour é feito em português, dificultando a compreensão para outros visitantes. Talvez quando isso ocorra, um vagão fique destinado aos estrangeiros e a narração ocorra em outro idioma. Não sei, estou aqui pensando que pode ser assim...

No retorno para Bento Gonçalves, você é convidado a viajar ao passado, na Epopeia Italiana. O ingresso da Maria Fumaça abrange este passeio, que conta a história da imigração italiana em cerca de 30 minutos e vale conhecer, também.




Depois desse belíssimo passeio, fomos para o Vale dos Vinhedos para ver um pouco da vindima e almoçar no delicioso Mama Gemma. Você ainda pode optar por visitar o Caminhos de Pedra, que também fica próximo e possui muitas opções interessantes.



Ciao, amore!