Como contei aqui, fui conhecer a Table Mountain (ou Montanha da Mesa ou Tafelberg, em africâner) no primeiro dia, pois ela estava com o topo aberto, sem a tradicional 'toalha de mesa' que a encobre normalmente. Então, a primeira dica é: olhe para a montanha. Se ela estiver sem o tradicional nevoeiro, não pense duas vezes, vá direto para lá, porque normalmente ela está com o cume fechado por uma névoa, às vezes tão densa, que impede que você tenha uma vista maravilhosa da cidade.
Você pode ir a pé (sim, tem trilhas que te levam até lá), pode ir de carro (tem estacionamento gratuito na rodovia), de transporte público, de táxi, de uber e até de Hop On Hop Off, meu caso. Na parte baixa da montanha tem uma parada desse transporte turístico, devidamente identificado. Você desce aqui, faz seu passeio e depois retorna a este ponto para tomar o próximo ônibus.
Nesse dia, a fila para comprar o ingresso, que custava R240 não estava grande. E não esperei mais do que 30 minutos para embarcar no teleférico. No sítio oficial você pode acompanhar em tempo real essas informações e até comprar o tíquete on line. Confere aqui.
O bondinho que leva até o topo é grande e faz uma rotação completa. Então, não se preocupe em pegar o melhor lugar, pois todos terão as mesmas oportunidades. Em dias de vento forte, a viagem pode ser cancelada por questões de segurança, mas você pode optar pela trilha para subir/descer. Se estiver no topo e ouvir uma sirene, busque a saída, pois significa que a estação fechará imediatamente para a segurança de todos.
A vista que se tem a partir do topo do platô é de tirar o fôlego. A baía se chama Table Bay, em homenagem à Table Mountain, assim denominada em razão de seu platô de 3km de extensão. Quando lá cheguei, dia estava claro, o céu azul e a vista era essa. Em seguida, optei pela trilha autoguiada e percebi a viração se formar.
A viração (como chamamos esse fenômeno aqui no RS, nos Campos de Cima da Serra - Cânions) ocorre devido ao choque de correntes de ar quente e frio, formando uma densa neblina, que é empurrada para o alto pelo vento que sopra do mar. Na foto abaixo, dá para se ter essa noção.
A Table Mountain foi eleita como uma das Novas 7 Maravilhas Naturais do Mundo. No topo, há essa placa.
No platô, há um café, um bom restaurante (onde almocei - pratos prontos e self service), banheiros limpos e uma lojinha muito legal. Também é importante destacar que é acessível, pois boa parte da trilha é boa para quem depende de cadeira de rodas para locomoção.
Quando a viração ocorre, a mudança da temperatura é brusca, também. Mesmo no verão, leve um agasalho. Nesse dia, enquanto observava a fauna e a flora, que são endêmicas, diferentes e lindas, o tempo fechou rapidamente e uma garoa intensa começou a cair. Precisei guardar a câmera e para voltar para a estação do bondinho foi uma aventura, pois não se enxergava nada além do próximo passo. Com isso, andar sobre o platô pode ser perigoso, caso você esteja caminhando sobre as pedras (que é permitido, também).
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Com o Grêmio onde o Grêmio estiver |
Na foto abaixo, é possível perceber a trilha que é preparada para receber os turistas. A partir dela, bem no lado esquerdo, existem outras trilhas em que se caminha sobre as pedras e não são autoguiadas. Foi nessa parte que fiz a foto em que estou com a camisa do Grêmio e que, logo depois, fechou em razão da neblina. Foi tenso caminhar sobre as pedras, sem enxergar quase nada, até encontrar a trilha autoguiada, momento de alívio total!
Existe um monumento em homenagem aos que morreram fazendo escalada.
De volta à estação do bondinho, praticamente não se enxergava nada. Estava frio e eu estava totalmente molhada pela garoa que insistia em cair. Tão logo começamos a descer os 700m que separam uma estação da outra, descortinou-se essa vista à minha frente. E a 'toalha de mesa' ficou lá, por diversos dias...
Com certeza, esta é a atração número 1 em Capetown. Não deixe de ir! Vale muito subir até lá. Mas vá com tempo para aproveitar bem.
Até mais!