quinta-feira, 30 de junho de 2016

Revista Viver com Saúde


Fomos convidados a escrever o editorial de turismo da revista Viver com Saúde, da queridíssima Gabriela Bravo. A matéria ficou muito legal, mesmo! Obrigada, querida, pelo convite e pela oportunidade de escrever sobre uma das coisas que eu mais amo: viajar. 


Viajar é uma delícia, não é mesmo? Para mim, é o melhor investimento. Viajar te faz ver a vida diferente, desenvolve o autoconhecimento e o respeito às diferenças. Viajar engrandece a alma, não em vaidade, mas em conhecimento e em experiências.
Existem diferentes formas de viajar: em um grupo fechado, comprando um pacote de viagens em uma agência de viagens ou montando o próprio roteiro. Não importa o estilo de viagem, o que importa é ir e não interessa para onde.
Quando defino o destino, leio tudo sobre ele: livros, biografias de personalidades locais, revistas de viagem e, principalmente, blogues de viagem. E por que os blogues? Porque eles, via de regra, narram experiências pessoais e atualizadas e sem nenhum apelo comercial. Além disso, trazem dicas de ouro para quem viaja de forma independente, meu caso.
Para economizar em uma viagem, busco por passagens aéreas promocionais, utilizo o transporte público (metrô, ônibus, táxi, uber), alugo apartamento e faço refeições em casa, especialmente o café da manhã e o jantar. Durante o dia, prefiro comida de rua ou preparo lanches e levo na mochila. Nada de perder tempo em restaurantes. Na Europa, paga-se a mais se se senta num café, mas se se compra algo (take away) e se senta num parque para comer, o preço é bem menor (já almocei admirando a beleza da Notre Dame de Paris). Siga a máxima ‘em Roma, aja como os romanos’.
Se tenho certeza de que vou ver muitos museus e ainda usar bastante o metrô, compro os passes especiais (Museum Pass, Paris Visite, etc.), caso contrário, é perda de dinheiro. E com o dólar e o euro na estratosfera, não dá, né? Opto por programas gratuitos (em Madri, por exemplo, o Museu do Prado é gratuito depois das 18h e, apesar da fila enorme, a entrada é de forma rápida e dá tempo de ver as obras em 3h), como caminhar pelas ruas observando a arquitetura local (o melhor dia de que tenho lembrança de Florença).
Gosto de viajar para a Europa no inverno. Sabe por quê? Não tem fila, não tem tumulto e dá para curtir muito mais o passeio. Todos os prédios possuem calefação, então frio mesmo só se sente na rua. Se estiver chovendo, priorizo os programas em ambientes fechados; se não estiver, aproveito parques e praças e programas ao ar livre. Em Santiago, no Chile, há muitos parques lindos, que merecem um passeio a pé ou de bicicleta.
Com o tempo, aprendi a curtir o destino, sem pressa. Já fui a Paris e fiz uma maratona; já fui à Itália e não cumpri com o roteiro previamente previsto. O mau tempo me fez mudar de planos na França e na Espanha, mas nem por isso o passeio perdeu seu encanto. Prefiro ficar mais tempo num mesmo lugar do que fazer 10 países em 15 dias, em que apenas se tira fotos diante de pontos turísticos e se fica com a falsa sensação de se ter conhecido o local. Não me importo com o número de países, o que busco é aprender sobre o destino. E sobre mim mesmo.
Você gostou das dicas? Quer saber sobre como viajar independente e com economia? Gosta de perrengues de viagem? Então, leia o blogue Do RS para o Mundo (www.dorsparaomundo.blogspot.com) e curta a página lá no Facebook e fique por dentro de todas as nossas dicas (https://www.facebook.com/DoRsParaOMundo/).

Até mais!


domingo, 26 de junho de 2016

La Pedrera de Gaudí (Casa Milà) - Barcelona/ES


Que a Casa Milà, também conhecida como La Pedrera (por sua aparência externa), é a cara de Barcelona, todo mundo sabe. Assim como ela,  todas as outras importantes obras do Gaudí, o mais famoso arquiteto catalão, também logo identificam essa intensa e pulsante cidade.

O prédio, construído entre 1906 e 1912 para Roger Segimon de Milà, é realmente diferenciado, pois não possui nenhuma linha reta e isso impressiona. Atualmente abriga a Fundación Catalunya-La Pedrera e funciona como um centro cultural, totalmente acessível. Em 1984, foi declarada Patrimônio Mundial da UNESCO por seu valor excepcional. Parece muito mais uma escultura do que um prédio de apartamentos.





O ingresso não é barato (20,50 euros com audioguia em português), mas vale cada centavo. Detalhe: vá com tempo para desfrutar de tanta informação (ficamos 3h lá dentro). Logo na entrada, a gente se depara com o interior do prédio, que leva luz natural a todos os apartamentos. Sobe-se por uma escada ou por elevadores até o topo, sendo que no terraço estão as famosas chaminés disformes que, segundo Gaudí, eram mais adequadas para a saída de ar.






A vista de Barcelona também é única a partir do terraço, especialmente da Sagrada Família. Em razão do volume de visitantes, é quase impossível tirar uma foto sem que alguém apareça...



Dizem que Gaudí se utilizou das garrafas de champagne utilizadas na inauguração para cobrir essa chaminé.


 O sótão abriga uma grande exposição sobre o arquiteto e seu método de criação. As fotos não estão legais em razão da mínima iluminação, mas demonstra a genialidade de Gaudí. Ele criava formas com qualquer material e depois desenhava o volume a partir de um espelho. Também buscava muita inspiração na natureza. Assim, os arcos utilizados para sustentar o sótão assemelham-se ao esqueleto de uma cobra.






Gaudí desenhou tudo para este prédio, sempre buscando a funcionalidade. Note que os dedos se encaixam perfeitamente nesta maçaneta.


Desenhou o piso imitando um caracol.


Desenhou os móveis e tudo mais o que se encontra no interior do apartamento que se visita. Impressiona sua genialidade, tanto no conjunto da obra, como nos seus detalhes.



Não tem como não se surpreender, se apaixonar, se encantar com tamanha grandiosidade, com tamanha genialidade. Gaudí é a cara de Barcelona! Definitivamente!

Amo Gaudí e sua obra!

Quer saber mais? O post do blog Quatro Cantos do Mundo está bem completo. Espia lá! 



sábado, 18 de junho de 2016

Roteiro a pé por Eixample e suas belas casas - Barcelona


Barcelona te inspira. A frase perfeita para essa linda e pulsante cidade. 

Como contei aqui, esqueci em casa todo o roteiro que eu tinha preparado. Daí fui ao Centro de Informações Turísticas e peguei este guia com muitas sugestões de passeios:


Escolhemos esse roteiro por L'Eixample porque queríamos terminar o dia em La Pedrera e esse roteiro nos levava até lá. E fomos andando, sem pressa, sem tempo, apenas curtindo o caminho, observando a belíssima arquitetura da região e nos divertindo.






Um dos detalhes que mais nos chamou a atenção foi a presença da bandeira e do idioma catalão em todos os lugares. Veja no detalhe da foto abaixo.


A Passagem Permayer é uma das joias do bairro. As casas são pós-românticas, precedidas de jardins.





Visitamos o Mercado de la Concepció, também. Mas já estava mais para fechado do que para aberto. Tanto que não conseguimos almoçar ali.




 Depois passamos pelo belíssimo prédio do Conservatório Superior Municipal de Música de Barcelona. A fachada é de cerâmica policromada.


A fome apertou e entramos nessa Boulangery para comer algo.



 Presenciamos essa linda cena: um cachorro andando de lambreta com sua dona. Só em Barcelona, mesmo! Ela, inclusive, morou no Brasil durante um tempo.



 Nessa esquina da Carrer Mallorca, são três casas lindas: a Casa Montaner, uma obra de Domènech e Montaner, com fachada em cerâmica policromada.


Na outra esquina, a Palau Casades. Tem estilo pompeiano e, atualmente, abriga o Colégio de Advogados:


E, ainda, a Casa Thomas, outra obra de Domènech Montaner:


Todas as esquinas de Eixample são iguais: os prédios são chanfrados. Fica muito lido.

Antes do nosso destino, passamos pela Casa Terrades ou Casa de les Punxes, uma obra de Puig e Cadafalch. Tem estilo modernista com ares medievais. Muito ladrilho foi usado.




 E chegamos ao nosso destino, a La Pedrera, de Gaudí, tema do próximo post:


Finalizando este roteiro, as casas Battló, de Gaudí, e a Amatller, de Puig e Cadafalch:


Neste roteiro, à exceção do almoço e do ingresso na La Pedrera, não gastamos nada. É possível se viajar barato, sim! Basta querer.