Machu Picchu está situada no cume do morro de mesmo nome, a uma altitude 2350m acima do nível do mar. A cidade de pedra está circundada por um vale formado pelo Rio Urubamba e é a mais completa cidade inca existente na atualidade, sendo uma das 7 Novas Maravilhas do Mundo Moderno. Escapou de ser saqueada pelos espanhois, como as demais, em razão de seu difícil acesso. A história conta que foi Hiran Binghan o seu descobridor, mas há notícias de que Melchor Artega Richarte y Alvarez vivia ali antes da chegada do americano e que fora Pablito, seu filho, quem mostrou as ruínas ao forasteiro.
Sempre guardada pelo Huayna Picchu, a jovem montanha, Machu Picchu é dividida em diversos setores, demonstrando como os incas eram organizados. À esquerda de quem chega, fica o setor agrícola, com as terrazas, onde eram plantados os mantimentos.
Chegando em Machu Picchu, abençoadas por uma garoa |
Praça Central com o Templo do Sol abaixo |
Visão geral da cidade |
Acima, o setor nobre: o Templo do Sol à esquerda, com o Templo do Condor à direita. Mais ao fundo, o templo das Virgens do Sol. Este refinado trabalho em pedra (elas eras sobrepostas e encaixadas entre si, sem qualquer espécie de argamassa) sobreviveu ao tempo, mas sua função continua incerta. Especula-se que era lugar de culto, um centro avançado de astronomia ou a hacienda do nono imperador inca, Pachacútec.
Para a série Mateando mundo a fora |
Pedra usada para sacrifícios. Percebe-se um 'V' na montanha atrás, que onde nasce o sol no dia 21 de junho, dia do solstício de inverno
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Rocha funerária |
Cabana do Guardião |
Na parte mais alta, e com vista privilegiada da cidadela, está a Cabana do Guardião, de onde eram vigiados os pontos de acesso. A cabana foi restaurada e ganhou teto de sapé, supostamente semelhante ao original. Atualmente, é a casinha do 'Seu Seguridad", que fica apitando pra todo mundo que saca uma bandeira para uma foto (eu!) ou quer fazer uma foto pulando (Andressa!) e fica repetindo: - No puede, señorita!
Aqui, o setor Real, com o Templo do Sol, onde, deduz-se, Pachacútec, o nono imperador inca, e seus guardiões se hospedavam quando vinham a Machu Picchu. Isto pela perfeição da construção em pedras e pelos espaços 'das casas', que eram cobertas de palha.
O Templo do Sol era um observatório de astronomia, em que os astrônomos incas conseguiam dados sobre os ciclos agrícolas pela posição das constelações e pelos solstícios.
O Templo do Sol foi construído sobre uma grande rocha polida, sendo que suas curvas seguem a curva natural. O muro ao redor se inclina para dentro. Ali, há local para se guardar oferendas ou ídolos e duas janelas construídas exatamente para que no solstício de verão e no de inverno os raios do sol atinjam a pedra no meio.
Este é principal acesso à cidadela, o que a tornava muito segura. É o final do caminho inca, que se vê na foto abaixo.
Acima, um recanto mais silencioso, propício para a meditação.
Visitamos o Setor Real, sendo que abaixo está o que os pesquisadores dizem ser o banheiro da casa de Pachacútec.
Da casa de Pachacútec, esta é a vista, com o Rio Urubamba lá embaixo. Abaixo, a vista do setor agrícola, onde viviam os camponeses.
Dos aposentos de Pachacútec, ele podia observar o Templo do Sol.
Aqui, acredita-se, seria a cozinha de Pachacútec e nessa pedra eram macerados temperos e alimentos para o preparo das refeições.
Acima, o quarto de Pachacútec. Os nichos trapezoides seriam para guardar ornamentos. Abaixo, verifica-se que as portas também tinham o mesmo formato dos nichos: ancha en la base, angusta arriba. O objetivo era evitar que os abalos sísmicos derrubassem as estruturas incaicas.
Como os incas construíram esta cidade, encaixando os blocos de pedras de tamanhos colossais, coisa que nenhuma outra civilização conseguiu? Ferramentas de pedra e bronze eram usadas para polir as arestas das pedras, visando seu perfeito encaixe, como num quebra-cabeças. Entretanto, não se sabe como eles conseguiram carregar essas pedras para o topo da montanha.
Fontes de água: os incas aproveitaram uma nascente em uma encosta íngreme, ao norte de Machu Picchu, para fazer um canal de 749m de extensão que trazia água até a cidade. Eles canalizaram a água através de uma série de 16 fontes, muitas vezes chamada de 'enseada das fontes'. A água ia para a base de pedra escavada da fonte antes de entrar em um dreno circular, ligado com a fonte seguinte. Cada fonte tinha um bico retangular, que produzia um jorro de água suficiente para encher um urpu (pote com borda brilhante e base pontuda). (fonte: Guia Visual Peru, Folha de São Paulo, fl. 178).
Na foto abaixo, se vê um sistema de filtragem e purificação dessa água.
Templo Principal, abaixo. A sonoridade nesses nichos é algo. Basta por a cabeça neles e alguém em outro falar para se ter esta noção.
Templo das Três Janelas: é feito com grandes blocos de pedras, formando 3 paredes. O lado aberto é voltado para a praça central. Do lado oposto, há 3 janelas em formato trapezoidal. No solstício de inverno, os primeiros raios de sol entram por essas janelas, iluminando o recinto.
Espelhos de água, usados para se ver o céu.
Templo das Virgens do Sol: as mulheres que ali viviam eram conhecedoras profundas da astronomia.
Templo do Condor: tem este nome porque há duas lajes que formam a figura estilizada das asas abertas da ave, sendo que a cabeça é definida pela rocha escavada no chão.
Vista da Praça Principal
A Chacana, cruz inca, esculpida na pedra.
Intihuatana: esta pedra indica as datas precisas dos solstícios e equinócios, e outros períodos astronômicos importantes. O solstício de inverno, para os incas, era o principal dia do ano, porque o sol ficava quase diretamente acima do pilar, sem criar sombras. Diziam eles que o sol ficava preso na pedra, daí a origem de seu nome: poste de amarrar sol. Depois do solstício, os dias ficavam maiores, com mais luz, indicando o tempo de semear e produzir alimentos. Intihuatana está em uma inclinação de 13° para o norte, latitude da cidade.
Huayna Picchu, a jovem montanha, que protege Machu Picchu.
Rocha Sagrada: acredita-se que esta rocha era usada como um altar para reverenciar os Apus, deuses da montanha, da água e da fertilidade. A rocha espelha a Pumasillo (garra do puma), situada na cordilheira Vilcabamba, um pico ainda reverenciado pelos andinos. Também pode ter sido utilizada para apaziguar os Deuses.
Vista da Cidade Inca desde Huayna Picchu:
Ama Sua
Ama Quella
Ama Llulla