Foi um ano e tanto! 2019 começou meio atravessado, mas terminou de forma espetacular! Que ano! Quanto aprendizado! Quanto crescimento! Quanta evolução! Ele se resume a uma única palavra: GRATIDÃO!
Por se tratar de um blog de viagens, vamos a elas:
Aproveitei o carnaval para voltar a Bombinhas/SC com o único objetivo de mergulhar outra vez, depois de dois anos da última operação (foi em Paraty/RJ). Mesmo com tudo programado, não pude visitar o fundo do mar... tinha acabado de fazer uma cirurgia e o médico não me liberou nem para entrar na água... Eu fui, mas ficou faltando o mergulho...
A segunda trip do ano foi para Curitiba/PR e bem acompanhada do maridão. O objetivo era participar do Congresso da ABRAMPA e curtir o final de semana, participando de uma corrida, inclusive. Tirando os problemas de saúde que tivemos, foi uma delícia.
Mesmo com febre, concluímos a prova!
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Mais um congresso, agora em maio, daqueles que vou todos os anos, desta vez em São Paulo/SP. Sempre aproveito para um tour gastronômico, para correr no Ibirapuera e para curtir a Paulista.
Apresentando trabalho no Congresso |
No Congresso do O Direito por um Planeta Verde |
Aproveitei a oportunidade e participei da 1ª Coffee Run, no Jardim Botânico de SP. Foi a minha volta aos 5k depois da cirurgia.
Teve passeio na Paulista, outra vez. Uma manifestação me correu dali e me levou ao Bairro da Liberdade, que ainda não conhecia. Teve almoço no Sal Gastronomia, encerrando o circuito MasterChef, iniciado no ano anterior.
Aproveitei para ir ao MASP ver a exposição da Tarsila do Amaral, que esteve incrível. Eu já conhecia várias obras dela (foi o meu terceiro encontro com Abaporu), mas conhecer a história e ver grande parte da obra dela em um mesmo espaço foi uma experiência inesquecível.
Outro congresso chegou para me tirar da zona de conforto: na Universidade de Catamarca, na Argentina. E eu tinha que cumprir com o desafio de escrever e apresentar "mi ponencia" em espanhol (fui desafiada pelos dois professores que tive no Instituto Cervantes nos dois cursos que fiz lá e pela minha orientadora). Bueno, desafio dado, desafio cumprido. E com elogios. E o mais legal: meu tema era direito das futuras gerações conectando com meio ambiente e eu apresentei exatamente em 1º de agosto, dia em que se comemora a Pachamama por lá. Coincidência? Pode até ser, mas foi o universo que proporcionou tudo isso.
Depois de cinco dias em Catamarca, saí de lá com muitos amigos, com vontade de voltar e sendo chamada de Andrea, la Catamarqueña, porque já estava me sentindo em casa. Aliás, a Argentina é a minha segunda casa. Eita país que amo! E o seu povo e a sua cultura? Ahhhh... moram no meu coração!!!!
Atendendo à máxima 'primeiro a obrigação e depois a diversão', seguimos de férias pelo norte da Argentina. Cavalgamos em Cafayate, em plena Cordilheira dos Andes. Fizemos amizade com o Fred, o dono dos cavalos, e à noite dividimos uma mesa na Peña Dueña Argentina, onde ouvimos a doce voz de Jacinta Condorí, que nos arrepiou e nos levou às lágrimas diversas vezes. Foi a nossa primeira peña. E que peña! Depois vieram outras em Salta (uma para turista ver, que odiamos, e outra mais tradicional, que amamos tanto que voltamos para despedida, a La Casona del Molino).
Cavalgada nos Andes |
Degustação de vinho malbec |
Jacinta Condorí e sua simplicidade, sua voz magistral, seu cantar... |
De Cafayate seguimos para Salta, pela Quebrada do Cafayate. Na estrada, esculturas criadas pelo vento, num cenário inóspito, lindo, indescritível e inesquecível. Paramos para uma visão geral, no anfiteatro (foto abaixo) e na garganta do diabo. Na cabeça, o mantra: "vou voltar de carro, para parar a cada 50m e fotografar".
Partindo de Salta, La Linda, fomos para Purmamarca, para vermos o Cerro de Los Siete Colores, a vila, atravessarmos uma quebrada e chegarmos nas Salinas Grandes e no Viaduto de La Polvorilla, o mais alto da Argentina, pois está a 4.200 m.s.n.m.. Possui 64m de altura, 224m de comprimento e 21m de vão livre.
Comendo tortillas no salar |
E vista lá de cima do La Polvorilla? Quando nosso chofer se deu conta, estávamos lá em cima! |
No outro dia, fomos para Humauhaca, com parada em Tilcara para conhecer o Pucará. Aqui me impressionou a história da expansão incaica. Os Incas eram, então, os conquistadores do povo tradicional. Como eu já viajei ao Peru, conhecia a história pela visão deles e agora a ouvi pela versão do povo conquistado e explorado. Mas o que me deixou rezando aquele mantra para voltar foi a história das oferendas para Pachamama, que ocorrem na noite do dia 1º de agosto. Quero - e vou voltar - para conhecer a cerimônia.
Los Cordones em Pucará de Tilcara. |
Salta, La Linda conquistou o nosso coração com a força de seu folclore e sua cultura. Visitamos o Museu Casa Güemes, que conta a história de um dos herois da Independência da Argentina e o fantástico Museu de Alta Montanha. Neste vimos uma das três crianças incas resgatadas da alta montanha, que tinham sido oferecidas aos deuses. Uma visão linda, sublime e um pouco assustadora, pois as múmias estão intactas! Parece que vão levantar dali e sair correndo.
Descobrimos, meio que por acaso, um show numa praça em Salta, El Fogón de los Trabajadores em comemoração a San Cayetano. E nós fomos, claro. Fazia muito frio, mas a noite estava limpa. O show era um megaevento, com diversos nomes nacionais da música folclórica argentina. Quem chorou ao ver o povo dançando chacareira, zamba e carnavalito? Sim, euzinha! Quem chorou ao ver Chaqueño Palavencino entrando no palco? Acertou, de novo! Euzinha aqui! Em resumo: eram mais de 3h da manhã quando voltamos ao hotel! Gelados, mas muito felizes.
Llokallas |
El Chaqueño Palavecino |
E a verdadeira pena salteña: La Casona del Molino. |
De Salta e seus encantos seguimos para Mendoza, para visitarmos nossos amigos Gustavo, Viviana, Marina e Agus. Nós nos conhecemos na etapa mendocina do Festival Internacional de Tango, em 2006. Mantivemos contato por email, facebook e mais recentemente por WhatsApp. A visita definitivamente saiu e foi muito gratificante estar com eles.
Almoço em uma vinícola |
Queridos amigos |
Cumprida a promessa, voltamos a Buenos Aires para mais uma conexão. E o que dizer dessa chegada hermosa?
Puerto Madero |
Casa Rosada |
A Argentina pode estar passando por diversos problemas, mas Buenos Aires ainda é uma cidade relativamente segura para se andar. Caminhamos de San Telmo até a Recoleta, passando por diversos pontos turísticos sem qualquer problema ou suspeita de problema. Foi a nossa sétima vez na capital portenha e volto quantas vezes mais me der vontade, até porque não preciso mais cumprir com roteiro turístico e tenho amigos por lá que me dão dicas muito legais e diferentonas.
De volta à realidade brasileira, a agenda apertou. De viagem, um final de semana em Florianópolis e final do ano em São Lourenço do Sul, com uma passadinha em Piratini e Pelotas.
Em Florianópolis, vivi a viagem dentro da viagem: foi uma viagem gastronômica, pois por algum motivo que não sei explicar provei - e gostei - ostra (em dois preparos diferentes), polvo e de uma vez por todas, o camarão entrou para a minha dieta.
Ostras ao molho de mostarda |
Ostras gratinadas |
E esse prato com polvo, peixe e camarão?! Uma delícia. |
Ficamos sediados em Santo Antônio de Lisboa para curtir a praia e os restaurantes. Ah, e o pôr-do-sol, né?
Em Piratini, além de visitar a família, um tour para apresentar a cidade a uma amiga. Foi legal voltar aí.
E os últimos dias do ano foram na sossegada São Lourenço do Sul. Levantar cedinho todos os dias, correr na praia e depois curtir o clima local foi a tônica do final do ano. Descansar era o objetivo e foi plenamente atingido.
O sossego da praia da Barrinha, em São Lourenço do Sul |
Depois as 'viagens' foram nos livros, pois foi um ano de muita leitura. Também, de retomar o idioma espanhol e de aprovar na prova DELE B2 do Instituto Cervantes. De me reaproximar do folclore, desta vez o argentino. De adotar receitas provenientes de viagens, como o Salmorejo, que conheci em Córdoba, na Espanha.
Foi um ano de muito teatro e shows. Investi na cultura e não me arrependi.
Foi um ano de muitas corridas (embora em algumas eu tenha somente caminhado por ordens médicas).
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