Chegou o nosso último dia em Santiago e a lista de coisas para fazer ainda era enorme! Neste dia iríamos visitar o Museu Interativo Mirador - MIM e depois iríamos para o Museu Artequim e, se sobrasse tempo, Parque Infantil Gabriela Mistral. Seria um dia e tanto com a criançada! Mas subestimamos - e muito! - o MIM!
Saímos de 'casa', pegamos o metrô até a estação Mirador (linha verde) e depois caminhamos até uma das entradas (cerca de oito ou nove quadras desde a estação do metrô - tem placas indicando o caminho). Chegamos cedo, cerca de 10h da manhã e já tinha fila para comprar o ingresso.
Entramos e nos deparamos com um museu enorme, preparado para receber os visitantes, com atrações para todas as idades. E muita gente!
O ingresso dá direito a duas atrações especiais. Então você chega e vai agendar as tuas atrações especiais. Nós escolhemos a sala de Eletromagnetismo e a do Terremoto, uma experiência diferente para nós, brasileiros. Conseguimos horário para as 14h20min e 15h, respectivamente. Ou seja, teríamos que almoçar ali mesmo. Sem problemas, pois no complexo do MIM há até uma praça de alimentação e nela há opção de buffet, lanches, sorvetes, etc. Há, também, espaço para pique-niques (aliás, tinha muita gente por lá fazendo).
Tem sinal de internet grátis (quanto mais perto da porta principal, melhor o sinal). Banheiros são razoavelmente limpos (em comparação com o volume de gente que estava circulando por lá) e tem monitores que falam português.
Nossa estratégia foi perfeita: antes do meio-dia, atravessamos o pátio para a Praça de Alimentação e lá almoçamos. Ainda estava vazio e o atendimento foi ótimo. Quando nós terminamos, estava lotado, com muitas filas para tudo. Daí, voltamos para o Museu, com as atrações não tão cheias de gente.
Às 14h entramos para a sala de eletromagnetismo. As explicações foram em espanhol e um tanto rápido. As crianças não entenderam muita coisa, precisamos ajudá-las. Pedimos ao monitor que falasse mais devagar, mas não obtivemos êxito. Mas o que importa mesmo é que todo mundo se divertiu por ali.
A atração mais esperada por todos nós era a sala do terremoto, por ser uma experiência totalmente diferente, já que no Brasil, pelo menos no Sul, não enfrentamos esta situação. O monitor já falava bem calmamente, o que facilitou, e muito, a vida dos nossos pequenos viajantes.
Depois de uma explicação sobre o que é um terremoto, entramos num simulador de terremotos. A simulação revela a magnitude 8,8 graus, a mesma do terremoto que abalou o Chile em fevereiro de 2010. Uma sensação não muito agradável, confesso!
A Valentina ficou muito impressionada com o terremoto. Passou dias falando nele e naquela noite custou a dormir. Até hoje conta para todo mundo como foi a experiência. E quando chegamos no flat, ela foi para a internet pesquisar sobre terremotos e, em especial, os ocorridos no Chile.
Resultado: saímos de lá pelas 16h e decidimos ir ao Costanera Center para as últimas compras e depois seguiríamos para jantar Patio Bellavista. Depois iríamos para casa arrumar as coisas, pois no dia seguinte, muy temprano, começaríamos a regressar.
Nesse momento, acontece um fato inédito: perguntei a um taxista quanto custava uma corrida desde o MIM até o referido Shopping e ele me deu um valor aproximado. Ao aceitarmos a sua oferta, ele respondeu que não nos levaria e que era para procurarmos outro. Optamos pelo táxi, e não metrô, pelo cansaço de todos. Encontrei um corajoso que nos levasse ao nosso destino. Compras feitas, afinal de contas era época de liquidação em Santiago, pegamos um novo táxi e fomos jantar no Pátio Bellavista.
Sabe cansaço? Multiplica por mil... Mas valeu cada minuto desse dia que passamos juntos, viajando.
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