domingo, 14 de maio de 2017

Zaanze Schans - Amsterdã






Último dia em Amsterdã e uma decisão para tomar: Bruxelas ou Zaanze Schans. Pensa daqui, faz conta de lá, olha a previsão do tempo e... pimba: Zaanze Schans, mas perto, mais barato e com chuva nos pareceu ser a melhor opção.

E foi! Zaanze é lindinha, fica a 20Km de Amsterdã e a gente foi de ônibus de linha. Na Estação Central de Amsterdã, compramos a passagem (10 euros ida e volta) e subimos para a plataforma.



Logo na subida da escada tem um painel com os horários dos ônibus e o número da linha para lá: 391. Tem, também, um monitor em que indica qual a plataforma exata do ônibus (pode mudar).




São mais ou menos uns 40 minutos de viagem, muitas curvas e muitas paradas. A última estação é a Meethalte, que fica em frente ao Zaans Museum. É daqui que parte o ônibus para Amsterdã. Não tem como errar!




 Decidimos não visitar o museu e seguir para o vilarejo, que fica ao lado, logo após uma ponte. A chuva havia dado uma trégua e queríamos aproveitar ao máximo o local.




Zaanze, para mim, não passa de uma cidade cenográfica, construída para atrair turistas. Ninguém mora ali. A cidade 'de verdade' fica do outro lado do Rio De Zaan, que nós fomos conhecer também. Aliás, rica cidadezinha, pontilhada de casas verdes!


Mas a história conta que por volta de 1600 foram instalados os primeiros moinhos na região, graças aos bons ventos ali existentes. Inicialmente, os ventos eram utilizados para drenar a água, já que toda a área se encontra abaixo do nível do mar. Mas, mais tarde, passaram a ser usados para a produção industrial, processando cevada, arroz, papel, madeira, óleo, mostarda, tabaco, cânhamo e muitos outros produtos. Eram mais de 1000 moinhos na região. A partir de 1850 esse trabalho passou a ser realizado por máquinas a vapor, restando apenas 13 moinhos como monumento de empresa e engenho.



 



No primeiro moinho, conhecemos mais sobre os chocolates holandeses, preparamos nosso próprio chocolate quente e nos deliciamos. Sim, os chocolates de lá são ótimos!


No segundo moinho, visitamos uma fábrica de pigmentos, o Verfmolen De Kat (Moinho de tinta O Gato). Este moinho foi construído por G. Husslage, em 1959, utilizando-se peças de 1780. Talvez este seja o único moinho de vento para a produção de pigmentos existente no mundo.





A matéria-prima (madeiras, pedras, etc.) chega ao moinho e é lascada. Após, as lascas são reduzidas a pó pelas mós de canto giratórias de 5 a 7 toneladas cada. O pó é peneirado e armazenados em barris para serem comercializados. Para o uso do pigmento, é preciso misturar o pó ao óleo, obtendo-se a tinta.

Engrenagem que fica na parte alta do moinho, próximo às pás externas

Trata-se de um moinho de vento do tipo holandês em que somente a cúpula com os braços é que é posta ao vento, por meio de uma roda por baixo da viga da cauda. O movimento giratório horizontal dos braços é convertido em vertical pela roda superior e a roda horizontal superior para impulsionar o engenho na parte inferior do moinho. Na roda superior encontra-se o freio da roda, feito de madeira, que serve para travar o moinho.



Da parte superior, a vista do local é esplêndida! Percebe-se que o terreno é muito plano mesmo e possui produção agrícola.



Dali seguimos procurando um lugar para almoçar. O restaurante que tem é bastante caro. Seguimos buscando uma opção mais em conta, perseguidas por um cheiro doce delicioso...



O local é lindo, totalmente fotogênico para onde quer que se olhe. Vale a pena visitar? Vale! Mas no meu sentir, uma vez e está visto! E em meio dia dá para fazer tudo.



Do outro lado do rio, a cidade de verdade. As casas estão construídas nas margens do rio, não é possível vê-lo do lado de cá. Mas o que me chamou a atenção foi essa 'casinha' cheia de livros. Não trouxe um porque não sabia se tinha que deixar outro em troca, mas fiquei vários minutos examinando os exemplares que ali estavam disponíveis. Achei muito interessante essa cultura de troca.


Não encontramos o que comer e decidimos voltar para Zaanze. Lá chegando, fomos direto para a queijaria. Aprendemos sobre o preparo dos deliciosos queijos holandeses e degustamos muitos deles.



Há uma pequena lanchonete dentro, com opções simples, mas saborosas. Optamos por um sanduíche simples, recheado com aqueles queijos maravilhosos e saímos para comer com essa vista.


Depois seguimos para a fábrica dos sapatos de madeira, uma tradição local. Na entrada, uma exposição com diversos tipos de sapatos, inclusive protótipos de havaianas, de esqui e de patins. Vimos como eles são feitos e nos encantamos com o gatinho deitado na cesta ao lado do caixa.














A chuva, que ia e vinha, fez com que nós decidíssemos voltar para Amsterdã. Mas aquele cheiro doce ainda aguçava a nossa curiosidade. Andamos até que encontramos de onde vinha: da fábrica de Stroopwafels. Pensa numa coisa boa, mas pensa... e multiplica! Quentinho, crocante, huuuuummmmmmmmm... até hoje sinto o gosto dele na boca. Tá, eu sei que aqui no Brasil também tem, mas nem se compara com esse daí da foto recém saído do forno... Ah, que saudades!


E assim acabou a nossa visita a Zaanze Schans! Voltamos para Amsterdã para arrumar as mochilas e seguir para o Porto no dia seguinte.

Vamos junto?



Um comentário:

  1. Amamos conhecer esse lugar. É um daqueles pontos que sempre vem a nossa mente quando pensamos em um local para visitar de novo!

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