terça-feira, 1 de maio de 2018

Passeio pela região de Stellenbosch com degustação de vinhos


Como eu já comentei em outro post, minha viagem à África do Sul se deu em razão de um intercâmbio de inglês, por duas semanas. O post de hoje conta sobre o nosso passeio para a região (linda!) de Stellembosch, para um tour de vinhos. A gente adquiriu o passeio na Conciergerie do hotel em que estávamos e, no sábado, logo cedo, saímos para um longo e delicioso dia.

Zevenwacht

Nossa primeira vinícola foi a Zevenwacht, situada na lindíssima Stellenbosch Wine Route, com uma vista panorâmica da Table Mountain, Table Bay e False Bay. Seu nome significa Sete Expectativas e a cave possui mais de 300 anos de história. Produz vinhos de altíssima qualidade com as cepas Chenin Blanc, Pinotage, Sauvignon Blanc, Merlot, Cabernet Sauvignon e Syrah.


A degustação de 4 vinhos foi harmonizada com 4 queijos diferentes, produzidos na região. Começamos com um vinho branco, Sauvignon Blanc, safra 2015 (Us$ 20,00), harmonizado com o queijo bem da esquerda. Depois, seguimos para um Chenin Blanc, também 2015 (Us$ 21,00), com o queijo 'amarelo'.





Começando os vinhos tintos, degustamos o 7even, Pinotage, 2014, harmonizado com o queijo 'azul'. Por fim, degustamos um Syrah, 2013 (Us$ 22,00), com o queijo mais da direita, o mais forte de todos.



A Cave possui vinhos mundialmente premiados, como esses que estão expostos. Depois da degustação, visitamos o depósito, onde vimos muitos vinhos envelhecendo em barris de carvalho.



Saímos dali e fomos passear na linda cidade de Stellenbosch. Eu voltaria para ficar por ali alguns dias, porque me apaixonei pelo lugar e percebi que um dia só é muito pouco para curtir. Tem muitos cafés, lojinhas, restaurantes para serem visitados e o clima cosmopolita dá o tom. A cidade possui uma universidade grande, contando com mais de 30mil habitantes, apesar de parecer ser bem pequenininha.




Marianne Wine Estate

Depois de um pequeno passeio, seguimos para a segunda vinícola, a Marianne. Trata-se de uma vinícola boutique, que produz um vinho jovem, que se harmoniza muito bem com carnes exóticas.



A ampla sala de degustação foi criada para bem receber o visitante. A partir de suas janelas envidraçadas, vê-se a produção de limão siciliano, a que se dedica a empresa, também.



Esse avarandado dá um charme todo especial ao local. Ao lado, há um espaço para as crianças brincarem enquanto os pais fazem a sua degustação.




Degustamos quatro diferentes vinhos, harmonizados com 3 tipos diferentes de carnes exóticas. Começamos com um Sauvignon Blanc, safra 2013 (R140), e despois seguimos para o Cape Blend, 2009 (R125). O terceiro vinho foi um Shiraz, safra 2008 (R250), e encerramos com o excelente Floreal, 2008 (R340).






A essas alturas do campeonato, muito mais de meio-dia e sem almoço, a situação era, digamos assim, crítica. Nossa guia nos levou, então, para Franschhoeck. As estradas são lindas, dentre as mais lindas que já vi...



Ela indicou um restaurante, mas eu preferi comer qualquer coisa para ganhar tempo e visitar a cidade, que é bem pequenininha. Padaria encontrada, um belo sanduíche comprado e eu estava a postos para caminhar. Quem optou pelo restaurante sugerido não viu nada, pois não deu tempo... 





De Franschhoeck seguimos para Drakenstein, a última prisão em que Mandela viveu antes de ser solto. Em 11 de fevereiro de
1990, Mandela finalmente é solto. Uma multidão o aclama, respondendo quando no gesto de luta ergue o punho fechado. Tem fim o longo cárcere e ele iria depois registrar o momento: "Quando me vi no meio da multidão, alcei o punho direito e estalou um clamor. Não havia podido fazer isso desde há vinte e sete anos, e
me invadiu uma sensação de alegria e de força."


Laborie

Depois de passar por Drakenstein, seguimos para a Laborie, a última vinícola a ser visitada. Foram degustados 5 vinhos: de
espumante a um licoroso. Essa foi a vinícola mais linda que já visitei.




Aqui, apesar de o lugar ser lindo e os vinhos bons, o atendimento deixou a desejar. Fizemos a degustação e saímos para o pátio, pois a beleza cênica é inesquecível. Na parte de trás da sala de degustação tem um parquinho para as crianças, também.



No final do dia, retornamos ao hotel. Apesar de termos comprado o passeio, as visitas podem se dar de forma independente. Na Wine Route existem muitas, mas muitas mesmo, vinícolas, uma ao lado da outra nos dois lados da estrada. Então, se estiver de carro, aventure-se. 

Ah, e a cepa tradicional do País é a Pinotage, que surgiu em 1925, a partir do cruzamento da Pinot Noir e da Cinsault, que na África do Sul é conhecida por 'hermitage'. É considerada um varietal nobre. Os vinhos são maravilhosos, mesmo o mais barato do cardápio dos restaurantes são excelentes. Não deixe de degustar!

E eu sugiro que você reserve pelo menos duas noites de hotel em Stellembosch para curtir ainda mais o lugar. A cidade merece uma visita com calma.


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